Vamos começar pensando: para que férias? As férias são um período diferente, seja na vida de adultos ou na de crianças. Devem ser um período sem muita rotina, com mais liberdade, sem cobranças e regras como acontece no trabalho e na escola. Não é isso que nós, adultos trabalhadores, esperamos nas nossas férias?
Deve ser isso que as crianças esperam também: poder dormir mais um pouco; acordar e escolher o que fazer, ficar sem fazer nada, brincar muito, poder fazer alguma viagem. Em tempos de agenda cheia até para as crianças, os dias de férias são preciosos para o bem estar, saúde e alegria da família.
Quando mães e pais podem tirar suas férias junto com a dos filhos, fica tudo mais fácil. Podem fazer algumas atividades juntos para aproveitar a oportunidade de conviverem mais e também fazerem programas em separado, quando os pais podem contar com alguém para ficar com as crianças, para eles se divertirem sem ter o cuidado com elas.
No caso de crianças em férias e pais não, algumas providências vão ser importantes. É preciso ver com quem vão ficar as crianças, conversar sobre o que elas gostariam de fazer e ver o que vai ser possível ou não. Combinar com a pessoa que vai ficar com elas o que elas podem ou não fazer nas férias.
Um cuidado a tomar em qualquer uma das situações, é não deixar que as "babás modernas" - TV e joguinhos eletrônicos - ocupem a maior parte do dia das crianças. Esse tipo de atividade mantém as crianças mais paradas por muito tempo, apresentam atividades já elaboradas por outras pessoas, restringem, portanto, a capacidade de criar, de imaginar, de se movimentar bastante ao ar livre, no sol. E ainda, trazem, muitas vezes, modelos de comportamentos que não são os que os pais querem para seus filhos e filhas.
Férias não precisam ser, necessariamente, tempo de trabalho dobrado e cansaço para os pais. Bem planejadas, podem ser um tempo de mais encontros, de descobrir coisas novas, diferentes, desafiantes e simples para fazer, de aproximar pais e filhos.
Pensamos em algumas sugestões para férias, para serem feitas junto com os pais ou quem vai cuidar das crianças, guardados os limites de segurança e respeito às outras pessoas:
- Tempo para brincar livremente e sempre que possível, com outras crianças da vizinhança;
- Respeitar o tempo da criança não fazer nada, ficar de "papo para o ar";
- "Atividades meio malucas": transformar uma refeição em piquenique no chão da sala ou na laje da casa; leitura de histórias numa cabana feita em baixo da mesa que está rodeada de jornal; brincar de andar no escuro fora ou dentro de casa;
- Tomar banho de chuva; tomar banho de rio ou de mar;
- Descobrir com a criança de que podem brincar na rua onde moram. Tem meio fio para andar sobre ele? Pode ser riscada amarelinha ou caracol no chão para pularem?
- Pensar quais brincadeiras são possíveis com corda, bola, pião e outros brinquedos do local;
- Nas igrejas da comunidade, há espaço para as crianças brincarem? Quem sabe as famílias combinam isso com os padres ou pastores?
- Visitar uma biblioteca pública para os pais contarem histórias ou pegarem livros para levar para casa;
- Fazer brinquedos com sucata e inventar uma brincadeira com ele;
- Fazer uma comida junto com a mãe ou o pai e convidar um amiguinho para provar;
- Ver o que ou quem elas gostariam de conhecer no lugar onde moram e planejar com a criança como podem fazer isso;
- Por fim: conversar com as crianças, pensar sobre cada dia das férias, ver o que gostaram e o que não gostaram de fazer. Qualquer momento, mesmo que seja pouco, desde que estejamos inteiros para nosso filho ou filha é precioso. E as férias dão mais oportunidade para isso.
Fonte: Pastoral da Criança
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