O ex-secretário, que passou cinco meses preso apontado como líder da organização criminosa, afirmou, em depoimento à Justiça, que havia participado do esquema e que recebeu propina para dar assistencialismo político. Naquela ocasião Permínio negou ser um dos líderes.
Delator do esquema, o empresário Giovani Guizardi também está entre os réus dessa ação penal. Ele confessou ter participado do esquema na pasta e disse ao MP ter arrecadado, ao longo de toda sua atuação na organização criminosa, R$ 1,2 milhão em propina, dos quais R$ 120 mil ficaram com ele e o restante foi distribuído entre os demais integrantes.
Nas alegações finais apresentadas à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o MP aponta que o esquema investigado funcionou como instrumento de arrecadação de propinas, envolvendo diversas estruturas do poder público e privado.
“O mecanismo de corrupção era praticado com elevado grau de sofisticação, envolvendo a realização de acordo prévio e genérico de corrupção e fraude à licitação, que posteriormente eram concretizadas em situações específicas com a utilização de diversos e velados mecanismos”, afirmou o MP, no documento.
Operação Rêmora
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) recebeu denúncia anônima sobre a existência de suposto esquema relacionado à execução de contratos administrativos relativos a obras públicas da Seduc, com cobrança de propina dos contratados, em setembro de 2015.A primeira denúncia sobre o esquema foi oferecida à Justiça em maio de 2016, contra 22 pessoas, na qual foram narrados 28 fatos criminosos. As investigações, então, continuaram, a fim de identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa, o que resultou no aditamento da primeira denúncia, em julho de 2016, com a inclusão de mais dois réus.
Fonte: g1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gentileza identificar, nome, cidade - UF.