Um tremor de 2,1 graus na escala Richter foi registrado no município de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, durante a manhã dessa segunda-feira (10). Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis-Unb), o abalo sísmico ocorreu às 9h43 (10h43 no horário de Brasília).
O chefe de gabinete da prefeitura do município, Marcos Antônio de Souza, contou que a tremor não causou prejuízos aos moradores. “Como a cidade é muito pequena, a gente anda nas ruas e pergunta sobre o tremor para as pessoas. Mas, os moradores com os quais conversei, não chegaram a sentir nada”, disse.
O fato de os moradores de Porto dos Gaúchos não terem sentido os efeitos do tremor é explicado pelo sismólogo da Obsis-Unb, Juraci Carvalho. Segundo ele, para ser percebido pelos cidadãos comuns, o abalo deve ter magnitude entre 3 e 3,5 graus na escala Richter, usada para medir a magnitude dos terremotos.
“É uma região sismicamente ativa. Lá são registrados diversos pequenos tremores de terra e somos informados em tempo real pela estação que temos lá [no município]. Mas esses eventos de magnitude 2 não são alarmantes”, explicou.
No mês de agosto, de acordo com a Obsis-Unb, o município registrou quatro tremores de terra. No dia 3 e 8 desse mês, abalos de magnitude 2,7 graus na escala Richter aconteceram na cidade.
Maior terremoto do país
A região é conhecida pelos pesquisadores por ter registrado o maior tremor do Brasil no dia 31 de janeiro de 1950, quando um abalo de magnitude de 6.9 graus na escala Richter foi registrado na Serra do Tombador, a 100 km de Porto dos Gaúchos.
Apesar de ter sido considerado de forte impacto, o tremor não trouxe danos à pequena população que na época vivia nas proximidades do local onde ocorreu o abalo. Se tivesse acontecido no centro de uma cidade como Cuiabá, por exemplo, o sismo poderia derrubar casas e prédios, entre outras consequências.
O professor do Observatório Sismológico do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (Unb) e coordenador da Rede Sismográfica Centro-Norte que integra a Rede Sismográfica Brasileira, Marcelo Peres Rocha, explicou que os tremores são explicados por uma falha geológica na região.
Fonte: g1.globo.com
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